quarta-feira, 9 de março de 2011

Aborto – o que eles dizem e o que eles querem dizer

A questão do aborto tem ganhado manchetes e reportagens na grande imprensa e recentemente foi explorada, porém não aprofundada, no período eleitoral no qual concorreram a presidência os candidatos Dilma Roussef, José Serra e Marina Silva.
O estopim para a discussão do tema foi a descoberta pela imprensa que uma das condições para que a evangélica Marina Silva fosse candidata pelo PV era a que seu partido não impusesse mais a defesa do aborto a seus correligionários.
Ao ser questionada pela imprensa sobre sua posição sobre a questão, Marina afirmara com todas as letras que era contra o aborto e por ser uma questão de foro íntimo deveria ser levada a plebiscito.
O rápido crescimento da candidatura de Marina Silva verificado pelas pesquisas, tomando votos tanto de Serra quanto de Dilma mostrou para os estrategistas políticos que ela estava conquistando não apenas os eleitores mais à esquerda ou intelectuais de classe média atraídos pelo discurso politicamente correto do crescimento sustentável sem agredir o meio ambiente. Agora, ela atraía também eleitores considerados conservadores em seus valores sociais.
Isto levou a candidata do governo a uma guinada de 180 graus em seu discurso, de favorável a contrária ao aborto, seguida pelo candidato da oposição.
Mas a eleição passou, Dilma foi eleita e a questão tendia ao esquecimento até que o governador recém reeleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, veio com a frase bomba em defesa do aborto como registrado abaixo pelo site UOL:

“O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), fez um comentário polêmico hoje ao falar sobre o aborto a empresários em São Paulo. Ele questionou os presentes sobre quem já teria recorrido ao procedimento por conta de uma gravidez indesejada de uma namorada. "Quem aqui não teve uma namoradinha que teve de abortar?", perguntou Cabral, ressaltando, em seguida, que esse não era o caso dele. "Fiz vasectomia e sou muito bem casado", disse, durante o Exame Fórum - Rio de Janeiro - Oportunidades de Investimentos e Negócios.”

Deixa eu ver se entendi. Em um fórum com empresários, economistas e intelectuais sobre oportunidades de investimento e negócio o governador pergunta em tom inclusivo quem naquele recinto não teve uma namorada que teve de abortar e, logo em seguida, se exclui alegando que era bem casado? E os demais participantes, não são?
Porém, o mais importante da frase não é o que ela afirma, mas o que ela dá a entender.
Atualmente, pela lei brasileira o aborto é permitido em casos de estupro ou em caso de risco para a mãe. Recentemente o país ficou chocado com estes dois casos acontecendo ao mesmo tempo na vida de uma criança. Isto mesmo, uma criança. Uma menina de seus nove anos de idade havia sido estuprada e engravidara do monstro que a atacara. Segundo a junta médica que a examinara, o aborto era necessário pois o frágil corpo em formação da menina não teria condições de suportar a gravidez, muito menos o parto.
Mas o exemplo do governador não tinha nada a haver com este caso grave. Tampouco citou o drama de mulheres que carregam em seu ventre fetos com uma deficiência genética que os fez se desenvolver sem o cérebro. Não. Seu exemplo foi muito mais prozaico e, na verdade, muito mais comum. O que ele defendeu foi o aborto de seres humanos em gestação fruto de uma noite de prazer, uma ficada, uma farra de adolescente ou, vá lá, um namoro de verão sem maiores envolvimentos sentimentais.
Tal fato é reforçado pelo diminutivo “namoradinha”: namorada de menor importância, namoro de adolescência. Se a namorada é descartável, imagine o filho que vai dentro da barriga dela!
Continuando a frase, o governador afirma que a namoradinha “teve” de abortar. Teve porquê? Foi obrigada? Por quem? Pelos ilustres presentes que quando jovens não queriam comprometer seu brilhante futuro com o registro de uma criança? Foram eles que induziram/obrigaram suas namoradinhas a tirarem a criança porque não dariam apoio algum e ainda questionaram se o filho era deles mesmos? E com esta falta de apoio, a namoradinha se sentiu desamparada demais para poder encarar seus pais e lhes contar a novidade que comprometeria o sonho deles de vê-la em pouco tempo cursando uma faculdade ou fazendo um concurso público?
Nosso governador é um ilustre filho da cosmopolita e sensual cidade do Rio de Janeiro, frequentador ilustre da boemia da zona sul carioca que sempre foi indolente com o comportamento de sua juventude. Esta frase do governador exprime com constrangedora franqueza o que parte da cidade quer: falta de compromisso, inconsequência e covardia. Uma juventude (e muitos não tão jovens assim) que querem apenas “curtir o momento” e não se comprometerem com relacionamentos estáveis e baseados no amor e na confiança mútuas. Querem viver uma noite de cada vez sem que seus atos lhes tragam qualquer consequência futura. Mas quando a consequência de seus atos bate à sua porta, querem covardemente fugir dela.
É isto o que o aborto nesta historinha contada pelo governador Cabral representa: uma fuga covarde da consequência de nossos atos.
Porém muitos poderão alegar: mas são apenas garotos, não deveriam ter de assumir esta responsabilidade!
De fato, muitos são garotos. Outros, já deixaram de ser a muito tempo, embora ainda saiam com garotas que não tem idade nem maturidade para tirar uma carteira de motorista. Mas o que não podemos nos esquecer é que se estes garotos e garotas se consideram tão maduros para terem uma vida sexualmente ativa, automaticamente estão sendo considerados pela própria natureza maduros o suficiente para serem pais e mães pois a consequência natural de uma vida sexualmente ativa sem a devida proteção é a gravidez. É assim em toda a natureza. Não foi nenhuma religião que construiu isso.
Para estas pessoas, o aborto não é um castigo, mas sim uma fuga. A lição que passamos para eles é que podem fugir da consequência de nossos atos. Que espécie de cidadãos estamos formando? Que valores são esses que estamos passando? Que sociedade estamos criando?
O aborto da historinha do governador é fruto de uma sociedade que privilegia, glamuriza e estimula o narcisismo e o hedonismo, não o relacionamento. Para pessoas que buscam o seu próprio prazer, a gravidez é um empecilho ao seu estilo de vida e como tal, deve ser descartado, eliminado. Por mais terrível que possa parecer, eliminado é o verbo correto pois estamos falando de uma vida humana.
Queremos diminuir o número de abortos? Vamos investir esforços de toda a sociedade para estimularem nossos jovens a que construam relacionamentos ao invés de apenas curtirem o momento. Eles não deveriam se contentar com tão pouco. É mesquinho demais, é pobre demais. 
Quando construimos relacionamentos, nós crescemos e aprendemos com a convivência do outro. Porém, isto não vai impedir que eventualmente ocorram casos de gravidez indesejada. Mas quando ela acontecer, eles terão força dentro de si mesmos para torná-la desejada, pois perceberão que a vida em formação não é um castigo ou um empecilho ao seu futuro, mas a consequência real e o ponto alto do relacionamento que construíram.

Um comentário:

  1. JESUS CRISTO LIVRA A FAMILIA TERRENA DO MAL DO ABORTO COM O PODER DA FÉ: (ES.57.2) - (LE.6.1) – Há um mal que vi debaixo do sol, e que pesa sobre os homens: (DT.13.11) – E todo o Israel ouvirá e temerá, e não se tornará a praticar maldade como esta no meio de ti; (JR.15.5) – pois quem compadeceria de ti, ó Jerusalém? (LE.5.18) – Eis o que eu vi: (EC.25.26) – Toda a malicia é leve em comparação da malicia da mulher, sobre ela caia a sorte dos pecadores: (ÊX.32.31) - Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro: (SL.57.2) – Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa: (LM.2.20) – Vê, Senhor, e considera a quem fizeste assim! Hão de as mulheres comer o fruto do seu carinho? Ou se matará no santuário do Senhor, o sacerdote e o profeta? (JÓ.10.18) porque, pois, me tiraste da madre? Ah! Se eu morresse antes que olhos nenhuns me vissem; (JÓ.81.16) – ou, como um aborto oculto, eu não existi ria, como crianças que nunca viram a luz:(JÓ.5.4)–Os seus filhos estão longe do socorro, são espezinhados as portas e não há quem os livre: (LE.8.11) – Visto como não se executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal: (HC.2.2) – O Senhor me respondeu e disse: (IS.7.7.) – Isto não subsistirá nem tampouco acontecerá: (ÊX.23.26) – Na tua terra não haverá mulher que aborte, completarei o numero dos teus dias; (1CO.15.45) – pois assim está escrito:(AR.916.64)

    (Na pagina 156 da Bibliogênese: São 973 letras e 56 sinais que revelam isto):

    Eu sou o Espírito do Senhor Deus, do vosso Pai Eterno, que testei as almas dos filhos de Adão e Eva na minha Lei, e que hoje diz a verdade aos Homens e as Mulheres, na ação de um Santo Profeta que crê, ama, luta e tem falado por mim: Escutai, entendei, amai e lutai; pois haverá bom futuro no Homem que se faz filho do amor, e que se levanta como esse Ser Espiritual iluminado, como o Cristo: Agora existe outro Cristo com o poder do seu Deus, e não haverá mais a malicia do diabo, nem o abominável mal do aborto; porque aqui o Filho do Homem decreta e promulga esta sentença na Santa Lei de Deus: Quem praticar o aborto na obra da criação, cometerá uma loucura e um pecado imperdoável, pois o aborto provocado será considerado como crime de morte na terra do futuro povo Cristão: Então, tanto os homens como as mulheres já passaram a ser pecadores conscientes à luz do saber de Israel, e também não poderão escapar da mão do Senhor, como execu-tores desse crime: Testemunhai que Cristo veio ensinar aos Cristãos como executar as nossas leis e estatutos, e a espiritualizar as almas das crianças, ao ler à si: O Senhor Deus provou aos Homens e às Mulheres que eu existo como o Cristo? E seguireis o nosso Espírito que não morrerá! (IL.973.56)

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